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O local de trabalho tradicional está em transformação; com isso, a ênfase muda do design físico para o bem-estar e a experiência do usuário, graças ao placemaking – termo usado para descrever a integração entre design, comodidade e interação, criando um espaço único onde as pessoas desejem estar. Em movimento ascensional, o placemaking transformou-se em uma das principais prioridades dos líderes imobiliários corporativos.

CRIATIVIDADE, COLABORAÇÃO E PRODUTIVIDADE

Georgia Collins, responsável pela Estratégia no Local do Trabalho da CBRE, empresa americana de serviços imobiliários comerciais e de investimento, a maior do mundo em 2018, afirma: “O placemaking é uma bela metáfora de como queremos que o escritório funcione.” Se as pessoas se reúnem nas cidades em parques ou espaços cívicos, por que não incorporar esse conceito ao escritório, dando destinação semelhante a espaços ou cafés?

Já existe uma tendência crescente entre as grandes corporações de fornecer uma variedade maior de comodidades, serviços e programação para seus funcionários, afinal de contas, o local de trabalho deve ser tão importante quanto o lugar onde moramos, proporcionando uma atmosfera convidativa que incentive a colaboração e a criatividade, estimulando, dessa forma, a produtividade. Essa é a preferência dos millenials, além de startups, mas, na verdade, é o que todos esperam de um ambiente de trabalho, o que não deve ser ignorado pelos proprietários desses espaços.

É de mútuo interesse de proprietários e inquilinos a criação de ambientes de escritório que atraiam trabalhadores talentosos. A redefinição do ambiente de trabalho melhora a satisfação, o bem-estar e a produtividade. Seguindo o raciocínio de Georgia Collins, se o conceito do placemaking funcionou para bairros, por que não aplicá-lo para edifícios de escritórios? Agentes comerciais de locação já relatam o rápido desaparecimento do arrendamento convencional de escritórios; em contrapartida, aumenta a demanda por termos mais flexíveis e soluções totalmente novas para o espaço de trabalho. E o que faz as pessoas preferirem esses locais em detrimento do escritório tradicional? A resposta inclui ambiente estimulante, tecnologia, ausência de hierarquia rígida, atmosfera informal.

O FUTURO DO PLACEMAKING

Com o avanço do placemaking, algumas medidas tornam-se necessárias para que seja completamente viabilizado, como o uso de tecnologias que fortaleçam ainda mais o elo de ligação entre locatários e inquilinos. Os proprietários podem usar, por exemplo, aplicativos de gerenciamento inteligente e sistemas on-line que facilitem o uso de instalações compartilhadas, além de sistemas de coleta e análise de dados para identificar os desafios de uso e leasing de edifícios.

Se o local de trabalho pode ser atraente, além de render benefícios comerciais e econômicos reais para empresas e proprietários, por que não usar o placemaking como parte integrante de sua estratégia de melhoria imobiliária?