O aquecimento global e as mudanças climáticas são questões recorrentes em diversos setores. Com edifícios residenciais e comerciais sendo grandes consumidores de energia, as fontes estão se esgotando em um ritmo muito mais acelerado nas últimas décadas, mas já é possível viver e trabalhar em empreendimentos que produzem toda a energia que consomem ao longo de um ano.
A Certificação Net Zero Energy Building (NZEB) foi criada pelo International Living Future Institute (ILFI), com sede em Seattle. Empreendimentos de Energia Zero ou Net Zero Energy Buildings são edificações altamente eficientes do ponto de vista energético e que produzem energia, a partir de fontes renováveis e limpas, equivalente à própria energia consumida ao longo de um ano. Nenhuma combustão é permitida. Para alcançar a chamada energia líquida zero, a otimização da eficiência energética dos edifícios normalmente considera os seguintes parâmetros: iluminação, paredes e telhado, vidros, aquecimento, ventilação, ar condicionado, energias renováveis, custos indiretos, o uso do edifício e o comportamento dos ocupantes.
Os edifícios com energia zero oferecem uma variedade de conveniências, destacando-se: custos de energia reduzidos, impacto ambiental positivo, operações confiáveis e acessíveis, maior segurança energética. Além disso, os edifícios de energia zero também proporcionam benefícios não energéticos em relação aos edifícios padrão, como maior conforto, melhor saúde e produtividade dos ocupantes, mais espaço para viver e trabalhar (porque menos espaço é necessário para sistemas de aquecimento e refrigeração) e maiores taxas de ocupação e valor de revenda, devido à atratividade do conceito de energia zero para compradores e locatários.
Embora nos últimos anos tenha havido um grande progresso no campo dos edifícios com eficiência energética, as pessoas ainda tendem a ter preocupações em relação aos NZEBs, muitas vezes ligadas aos custos de investimento e manutenção. O foco em alcançar a eficiência energética tem se concentrado em tecnologias integradas, bem como em maneiras de conectar edifícios ao ambiente natural, com o uso de sistemas de aquecimento e refrigeração simples e relativamente baratos, o que reduz significativamente os custos. Além disso, muitos projetos concluídos provaram que edifícios com energia zero podem ser planejados dentro de um orçamento de construção típico, usando materiais e equipamentos convencionais, evidenciando que os NZEBs são viáveis e potencialmente econômicos, mesmo no curto prazo. Está pavimentado um novo caminho em direção à sustentabilidade do ambiente construído.