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Os combustíveis fósseis, causadores de grande poluição ambiental, são os atuais propulsores da economia mundial, mas eles não durarão para sempre. Estima-se que as reservas de petróleo e gás natural mundiais se esgotem até 2060. Nesse ambiente hostil, como pavimentar um caminho mais verde e sustentável?

Dos atuais 7,6 bilhões de habitantes, 92% da população mundial respira ar com poluentes que excedem os limites estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde. De toda essa poluição, cerca de 72% da emissão de monóxido de carbono provém de automóveis movidos a combustíveis fósseis, em algumas regiões atingindo a impressionante cifra de 90%. Essas emissões, além de causar doenças decorrentes da má qualidade do ar, também provocam sérias alterações climáticas, e uma das soluções para tantos problemas, já consolidada em muitos países, é a utilização de carros elétricos. Por incrível que pareça, carros elétricos já estavam em uso desde 1900, mas um aumento repentino nos carros a gasolina e baterias ineficientes extinguiram o mercado de carros elétricos já em 1920, mas agora eles se posicionaram novamente no grid de largada, e já saem com vantagem.

O MEIO AMBIENTE AGRADECE

Quando se compara um carro movido a combustível fóssil com um elétrico, as vantagens do segundo logo se sobressaem: carros elétricos são ecologicamente mais saudáveis, não poluem o meio ambiente, são mais econômicos, têm baixa necessidade de manutenção e ajudam a reduzir a poluição sonora. Como o motor não precisa girar a uma rotação muito alta, o carro elétrico por natureza produz praticamente zero ruído.

No mercado global, os veículos totalmente elétricos representam cerca de 1,7% de todos os veículos de passageiros vendidos. Embora esse percentual possa parecer irrelevante, as vendas em toda a UE em janeiro de 2019 representaram um aumento de 67% com relação ao ano anterior. Atualmente, a Europa já conta com uma frota de mais de um milhão de veículos elétricos ou híbridos.

OS CARROS ELÉTRICOS NO BRASIL

Estimativas indicam que haja cerca de 10 mil veículos elétricos ou híbridos em circulação no país, o que representa menos de 0,03% da frota de 36 milhões de automóveis. O governo federal zerou o Imposto de Importação para automóveis movidos unicamente a eletricidade ou hidrogênio, que tinham alíquota de 35%, mas muito ainda pode ser feito para incentivar esse mercado ainda incipiente: subsídios estatais, como os existentes nos EUA, China e Europa; isenções para táxis e carros corporativos; aumento da rede de recarga; liberação de estacionamentos em zonas congestionadas e pedágios; redução de taxas de licenciamento e IPVA.

Na cidade de São Paulo, carros elétricos e híbridos já são liberados do rodízio e têm desconto de 50% no IPVA. Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul também dão o mesmo abatimento. Piauí, Maranhão, Ceará, Sergipe, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e Pernambuco dão isenção de IPVA a modelos elétricos.

Com o esgotamento dos recursos naturais, uma nova fonte de combustível é mais do que uma necessidade, trata-se de uma questão de sobrevivência. Nesse sentido, o uso de automóveis elétricos, movidos com recursos de energia renovável, pode pavimentar um caminho mais verde e sustentável.