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Após anos de pesquisas e a um custo de 30 milhões de dólares, na semana passada o Programa Nacional de Toxicologia (NTP), órgão do governo americano, divulgou o resultado de um dos maiores e mais dispendiosos estudos já realizados para demonstrar a ligação entre o uso de telefones celulares e o desenvolvimento de câncer. A resposta é: sim, há claras evidências sobre isso, mas sob circunstâncias específicas.

Concentrando-se nas frequências usadas pelos telefones celulares 2G e 3G, o estudo foi feito expondo-se ratos e camundongos a um alto nível de emissões de rádio, nove horas por dia, durante dois anos. 5 a 7% dos ratos machos desenvolveram tumores malignos no coração, enquanto 2 a 3% dos ratos machos desenvolveram tumores malignos no cérebro. As fêmeas e o grupo de controle não apresentaram alterações.

Alguns cientistas analisaram com ceticismo esse estudo, por ser inconclusivo. Para alívio de muitos, estudos sugerem que bandas de frequência mais altas, como as 4G e 5G, não penetram com tanta facilidade os corpos dos animais. Portanto, antes de se preocupar se o uso do telefone celular causa câncer ou não, os usuários deveriam parar de teclar enquanto dirigem. Isso, sim, causa milhares de mortes por ano.