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As maiores empresas públicas do mundo já se comprometeram com a eliminação de suas emissões de carbono, mesmo assim, ainda faltam investimentos em novas tecnologias para alcançar esta meta. Um dos caminhos é intensificar as contribuições para inovações verdes que possam levar empresas e a sociedade ao caminho da neutralização de emissões.

A cada ano, cerca de 50 bilhões de toneladas de dióxido de carbono são liberadas na atmosfera como parte dos gases de efeito estufa gerados por processos industriais. A meta da Organização das Nações Unidas é que o planeta alcance emissões zero de carbono até 2050, o que ajudaria a limitar o aumento da temperatura global em 1,5° C em relação à era pré-industrial. Para acelerar a descarbonização, as startups estão entrando em cena para ajudar. Nos EUA, em 2013, apenas US$ 418 milhões foram investidos em startups que tinham net zero como meta. Em 2019, o montante já havia crescido para US$ 16 bilhões.

Em 2020, a Amazon anunciou a criação de um fundo específico, que atualmente conta com US$ 2 bilhões, para investir em startups que estão construindo produtos e tecnologias e oferecendo serviços voltados à descarbonização. Os setores público e privado têm caminhado na mesma direção: o Reino Unido anunciou recentemente uma injeção de cerca de US$ 235 milhões no setor de tecnologia verde.

As chamadas startups de tecnologia limpa compõem uma ampla categoria de tecnologias que abrangem diferentes setores e objetivam melhorar a pegada ambiental. Agora, a urgência da mudança climática e uma nova geração de startups e investidores alimentam uma onda de financiamento para o espaço de tecnologia limpa, especialmente o segmento conhecido como tecnologia climática.

Durante o boom de tecnologia limpa, de 2006 a 2011, os investidores alocaram cerca de US$ 51 bilhões em financiamento total para empresas de tecnologia limpa em todo o mundo. Em contraste, no primeiro semestre de 2021, este tipo de financiamento subiu para US$ 64 bilhões. Com base nesses dados, os investimentos em tecnologia limpa estão a caminho de atingir um recorde de US$ 100 bilhões globalmente, ainda este ano.

O desafio de substituir efetivamente um sistema industrial inventado há mais de dois séculos por um totalmente novo e descarbonizado, em tão curto espaço de tempo, é imenso. À medida que as mudanças climáticas tornam o planeta mais quente e árido, enfrentamos a perspectiva de incêndios florestais devastadores, enchentes arrasadoras e secas abrasadoras se tornarem fenômenos corriqueiros, ano após ano. É imperativo que façamos o que estiver ao nosso alcance para mitigar este risco climático. Startups que investem em carbono zero farão uma grande diferença.