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Dados do GBCI, organização responsável pelo processo de auditoria dos empreendimentos e acreditação dos profissionais LEED, reportam que, em um ciclo de vida de 50 anos de um empreendimento, 15% são referentes aos custos de projeto, construção, certificações e aprovações, restando 85% do custo total atribuído à manutenção e operação, e estes índices podem chegar a 8% e 92%, adicionando-se o fator humano. Isso demonstra que projetar, implantar e manter uma edificação com alta eficiência operacional, baixo impacto ambiental e preocupação com saúde e bem-estar dos usuários pode significar expressiva economia financeira.
POR QUE A INFRAESTRUTURA DEVE SER SUSTENTÁVEL?
Um dos desafios da agenda 2030 — plano de ação da ONU para as pessoas, o planeta e a prosperidade, que busca fortalecer a paz universal — é a construção de cidades cada vez mais sustentáveis e ambientalmente eficientes. Promover a sustentabilidade ambiental significa deixar para as futuras gerações um mundo melhor do que aquele que encontramos.
Uma infraestrutura sustentável é aquela que é projetada, construída e operada de maneira a garantir sustentabilidade econômica, social, ambiental e institucional ao longo de todo o ciclo de vida do projeto. Para garantir que as edificações tenham características ambientalmente sustentáveis, os procedimentos são ajustados com base nas estratégias de eficiência do local, água, energia e materiais.
A sustentabilidade econômica está intrinsecamente ligada à sustentabilidade ambiental e social. Um projeto de construção sustentável não apenas melhora a qualidade do meio ambiente e o conforto dos usuários, como também traz muitos benefícios econômicos. O custo inicial do edifício pode ser maior do que um edifício convencional, devido ao uso inovador de materiais de construção, sistemas e equipamentos sustentáveis. No entanto, os edifícios sustentáveis diminuem as despesas anuais em termos de energia, água, manutenção e reparação, além de outros custos operacionais, de modo que o custo do ciclo de vida é inferior ao custo dos edifícios convencionais. Além das economias mencionadas, as construções sustentáveis também fornecem benefícios econômicos indiretos, como aumento do conforto, bem-estar e produtividade dos usuários, redução do absenteísmo e aumento do valor da propriedade, tanto para os atores do setor da construção quanto para os usuários.
CERTIFICAÇÕES
Se até pouco tempo atrás a preocupação ambiental era um detalhe, atualmente esta questão tornou-se imperiosa. Para fomentar esse movimento e classificar as edificações com medidas sustentáveis adequadas, surgiram os diversos selos de sustentabilidade na construção civil no Brasil e no mundo: LEED, WELL, ISO 9001:2015, PROGRAMA 5S, PBQP DO HABITAT, CEEDA, UPTIME INSTITUTE, SUSTAINABLE SITES, EDGE, ZERO WASTE, GRESB.
Ao longo das próximas semanas publicaremos textos referentes às diversas categorias de certificação: Certificações de sustentabilidade para novas edificações, Certificações de sustentabilidade para edifícios existentes, Certificações de saúde e bem-estar, Certificações NET ZERO, Certificações específicas para data centers e ambientes de telecomunicações. Fique atento para não perder as atualizações!