Rate this post

Um conceito começa a integrar as empresas: os programas de saúde e bem-estar corporativos. Exercício, nutrição, hábitos saudáveis e cuidados de saúde preventiva atualmente são “hot topics” nas áreas de facilities e RH, que começam a voltar seu foco em proporcionar ambientes mais agradáveis e produtivos aos ocupantes.

Isso foi compreendido após a percepção de que é mais interessante impactar na maior parcela que compõe o investimento de uma empresa, no caso, seus funcionários, representando 92%, do que investir apenas em ambientes eficientes, representando os 8% remanescentes.

Veja algumas questões nas quais profissionais de Facilities com visão estratégica e holística têm de estar atentos:

 

ATENÇÃO PLENA

Temas até então restritos a nichos, como mindfulness (“atenção plena”, em tradução livre), entraram definitivamente no radar das grandes corporações, e essa mudança de mentalidade já comprovou que pode afetar positivamente a produtividade e o bem-estar geral do quadro de funcionários. Alguém duvida de que um servidor com foco no que está fazendo será muito mais atencioso e produtivo? Portanto, bem-estar não se trata apenas de exercício físico e nutrição, mas também da saúde comportamental. Espaços corporativos devem, de forma inteligente, oferecer espaços que possibilitem o mindfulness.

 

BEM-ESTAR EMOCIONAL

Os programas de bem-estar corporativo englobam muitas variáveis, mas um plano básico pode conter as seguintes opções: nutrição, condicionamento físico (a inatividade física é o 4° fator de risco de mortalidade no mundo), programa para parar de fumar, testes fisiológicos, como exames de colesterol e pressão arterial, além do controle do estresse. Estudos indicam que 90% da saúde são determinados por escolhas que o indivíduo faz de estilo de vida, pela genética e por determinantes sociais, e as emoções desempenham um papel vital neste ciclo. Como, porém, discutir o bem-estar emocional em um ambiente de trabalho? Atualmente já existem empresas que criaram, por exemplo, o FIB – Felicidade Interna Bruta, que consiste em uma avaliação para identificar a felicidade das pessoas em relação ao seu ambiente de trabalho, atividade e relacionamento com as pessoas do espaço laboral.

 

WELLNESS NA ARQUITETURA E CONSTRUÇÃO

Quando se tem funcionários saudáveis, a empresa colhe os benefícios. Um programa de bem-estar corretamente projetado pode aumentar a produtividade e reduzir o estresse. Este tipo de programa ajuda os funcionários a fazer escolhas inteligentes e saudáveis que podem reduzir os custos de assistência médica, aumentar a motivação e diminuir o absenteísmo. Quando os trabalhadores se sentem valorizados, eles são de fato mais valiosos para as empresas. É isso o que afirma Cristina Banks, diretora do Centro Interdisciplinar de Locais de Trabalho Saudáveis da Universidade da Califórnia, Berkeley: “é claro que os funcionários têm maior senso de engajamento quando seu valor e contribuição para o negócio são reconhecidos”.

O relatório “The Drive Toward Healthier Buildings 2016” mostra que o setor de arquitetura e construção nos EUA já está preparado para a adoção mais efetiva de práticas que priorizem o bem-estar físico, mental e social dos ocupantes e locatários. Os benefícios nas empresas? O aumento no valor de locação e valorização dos ativos. Segundo o estudo, 69% dos proprietários que medem a satisfação dos funcionários melhoraram a satisfação e o engajamento devido a investimentos mais sólidos em projetos melhores de ambientes de trabalho. Aqueles que trabalham em ambientes com elementos naturais, como vegetação e luz solar, relatam níveis superiores em 15% no bem-estar, 6% em produtividade e 3% de criatividade em relação àqueles que trabalham em ambientes desprovidos de natureza.

 

RETORNO FINANCEIRO

O relatório mostra ainda que, de acordo com os proprietários, melhorar a satisfação dos funcionários é o maior benefício de edifícios saudáveis, seguido de aumento do retorno no investimento: 79% no aumento da satisfação e engajamento; 73% no impacto positivo na rapidez da locação; 62% no impacto positivo no valor do edifício.

E um novo estudo, publicado por Harvard em parceria com a SUNY Upstate Medical University, vai além. Ele analisou o impacto do trabalho em um edifício certificado Green Buiding sobre a função e saúde cognitiva, avaliando o caso das Certificações LEED e WELL. O estudo sugere que os ocupantes de edifícios certificados e de alto desempenho tiveram quase 30% menos sintomas associados à síndrome do edifício doente, além de um índice de qualidade do sono 6,4% acima e uma pontuação relacionada à função cognitiva 26,4% superior, em comparação com pessoas em edifícios de alto desempenho sem Certificação LEED.

O investimento em bem-estar corporativo continua a crescer e temos visto cada vez mais empresas priorizando-o como parte de sua estratégia corporativa, o que pode ser um excelente negócio.

Gostou do tema?

No dia 09/05 faremos um evento gratuito na sede da Totvs sobre “Tecnologias disruptivas aplicadas em escritórios: UX, espaços integrados, dinâmicos e saudáveis”. Inscreva-se agora e participe do evento, clicando aqui.