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A pandemia da covid-19 não somente antecipou a Transformação Digital, como a acelerou, e este aumento significativo da demanda de tráfego de dados no país acendeu o alerta para um possível apagão digital.
A quarentena e o distanciamento social nos levaram a trabalhar por meio da tecnologia. Home office, streaming de vídeo ou e-commerce — seja trabalhando, consumindo entretenimento, efetuando compras online ou atenuando os inconvenientes do isolamento, mantivemo-nos conectados a colegas de trabalho, amigos e familiares por meio da tecnologia, o que ocasionou um aumento de tráfego na internet sem precedentes. De acordo com dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), em março de 2020, início da quarentena, este incremento foi de 50%. Apesar de especialistas considerarem sólida a estrutura da rede no Brasil, problemas podem surgir em certos tipos de serviços, principalmente no teletrabalho, porquanto o home office também cresceu.
A produtividade de muitos profissionais e empresas, o funcionamento de escolas e o entretenimento foram possíveis graças à tecnologia, mas isso também levou ao aumento de serviços essenciais, como energia elétrica e internet. Durante a pandemia, quem não experimentou problemas de conexão, lentidão ou mesmo interrupção de alguns sites, além de redução de qualidade em relação a vídeos e áudios? Foi o caso da Netflix, que reduziu a qualidade de vídeos para facilitar o tráfego na internet, bem como do Facebook, YouTube e Instagram, que também tomaram esta resolução para aliviar os seus servidores. Como efeito cascata, o aumento da demanda na rede causou o aumento do número de reclamações dos usuários, e os motivos vão desde instabilidade, até tempo de resposta acima da média e diminuição na velocidade de downloads. As pessoas sentiram a necessidade de investir em pacotes com maior velocidade, para ter mais qualidade na recepção de dados, e as grandes prestadoras de telecomunicações expandiram a capacidade de suas redes. Os pequenos provedores também precisaram otimizar suas redes para enfrentar essa realidade.
O futuro ainda é incerto, mas o alarme de um possível apagão digital já soou, com a necessidade de investimento em infraestrutura para lidar com esta nova demanda, para a qual as redes brasileiras não estavam preparadas, o que possibilitará condições sustentáveis para a continuidade e a manutenção das atividades econômicas.